05 março, 2008

O Intelectual, o Político e o Amigo

Ao ler um texto na revista "Tabu", do jornal "Sol", de dia 23 de Fevereiro, apercebi-me verdadeiramente em que categoria me insiro.
Fazia-se neste texto a distinção entre o Intelectual e o Político.
Segundo o autor (que sinceramente não me lembro do nome...), o Intelectual seria alguém que, tendo liberdade de expressão e pensamento, deve dizer o que pensa e até quanto mais ousado for, melhor. É apreciado, ou pelo menos deverá se-lo, pelo seu pensamento inovador, por exprimir a sua opinião sem constrangimentos de qualquer espécie. É um pensador, um visionário. As suas palavras são descomprometidas.
O Político, por sua vez, seria uma pessoa que diz o que pensa, dá a sua opinião, exprime-se mas apenas dentro dos limites daquilo que lhe é permitido. Ou seja, o Político diz o que interessa, ao Partido e a si mesmo. Não procura a verdade, não procura a reflexão, não procura a perspectiva. Procura tão-só o interesse; é isso que o move, que o motiva e que, no limite, constitui o seu fim. O Político é um Utilitarista (as aulas de Direitos Fundamentais sempre têm servido para alguma coisa...).
O Político é manhoso, é rançoso e cheira mal.
O Intelectual é livre no seu espírito e estimula a mente (a sua e a dos outros).
O texto nada dizia acerca do Amigo, e bem, porque não tem nada a ver com o assunto.
O Amigo pode ser Intelectual ou Político.
O Amigo Intelectual é sincero, procura soluções mas também aponta defeitos. Tenta ver a realidade e dá a sua perspectiva pessoal dela, após reflexão.
O Amigo Político é manhoso, procura apenas puxar ao seu interesse, manipula e na verdade... não é Amigo. O Político só sabe ser Político.
Não digo que os Políticos não sejam boas pessoas... Mas têm uma visão descartável do Mundo. Tudo e todos são papéis de cozinha. Muito importantes quando deles se precisa... Muito dispensáveis quando deles já se usou.
O que são?
O que vêm à vossa volta?
O Intelectual? O Político? O Amigo?

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